As duas horas
coram ze dos 22 membros do conselho tos e lugares associados a
CLIENTE: GILBERTO GIL
VEICULO: O ESTADO DE S.PAULO-SP
ClippingService SECÃO: CIDADES/METROPOLE
DATA 10.02.2007
CARNAVAL
Centenário, frevo vira patrimônio
Arrastão antecipado celebra título anunciado pelo ministro Gilberto Gil; gênero vai ganhar museu em 2 anos
PAULO PINTOVAL
Adriana Del Ré
ENVIADA ESPECIAL
RECIFE
Ofrevo agora faz parte do patri-
monio imaterial nacional. A de-
cisão, que marca o centenário
do ritmo, comemorado ontem,
foi anunciada pelo ministro da
Cultura, Gilberto Gil, e pelo pre-
sidente do Instituto do Patrimo-
nio Histórico Artístico Nacio-
nal (Iphon), Luiz Fernando de
Almeida em Recife (PE).
Para o ministro Gilberto Gil,
a aprovação do registro mos-
trou uma sintonia entre o Iphan
eo Ministério da Cultura. "Ofre-
voćexigente, sofisticado e culti-
vado em corpo e espírito. É um
gênero que canta e conta com
muita exatidão a história de
Olinda, Recife e Pernambuco",
afirmou GIL
Cerca de 1.200 pessoas
aguardavamoanúncio da decla-
ração para festejar no arrastão
de frevo, conduzido pelo mul-
tiinstrumentista Antonio No-
brega -que sai tradicionalmen-
teno carnaval, mas foi antecipa
do para comemorar o centen-
rio. Os foliões satram do pátio
da igreja rumo ao Marco Zero,
no
Recife Velho.
Mas as comemorações come
çaram noralar do dia em Recife
e Olinda quando os moradores
foram despertados ao som de
pistons, tambores, trombonese
sax, instrumentos responsá
veis pelo molho musical do rit- COMEMORAÇÃO-O músico Antonio Nóbrega (de chapéu) e o ministro Gilberto Gil dançamfrevo sob o olhar do escritor Ariano Suassuna (centro)
mo pernambucano.
Em Olinda, cerca de 850 mú-
ERNESTO ROORGUESIAE
Av sicos, 18 passistase 30 bonequel-
ros (como sio chamados aque-
les que carregam os bonecosgl-
gantes) começaram a se con
centrar no Alto da Sé, por volta
das 5 horas e, duas horas de
pois, satramemcortejo pelasla-
deiras do Sítio Histórico da cida-
de. "Vamos tocar frevo de rua,
frevo-canção e frevo de bloco",
contou o maestro Clovis da Sil-
va, presidente da Associação
dos Maestros de Olinda, que
corria de um lado para o outro
orientando seus músicos.
A noite, num show coletivo
com músicos como Lenine, Al-
ceu Valença, Maria Rita, Ney
Matogrosso, Antonio Nóbrega
convocou o público a acompa-
nhar seu arrastão com a música
Frevo, composição feita poroito
compositores (incluindo ele). O
ministro Gil e o escritor Ariano
Suassuna, presente ao evento,
foram chamados ao palco.
SHOW
Saindo do pátio, blocos, orques
tras, passistas e curiosos aten-
deram ao chamado e atravessa-
ram algumas das principais ave: Clóvis da Silva
vo cair. A esse grupo, outras Maestro e presidente
pessoas foram se juntando no da Associação dos
caminhoevirou uma grande fes Maestros de Olinda
ta. Até o fechamento
desta edi-
ção, a Polícia Militar ainda não
tinha o número de foliões, mas,
"Vamos tocar frevos de rua,
frevos canção e frevos de bloco"
pessoas.
TRIO-Alunos do Mackenzie fecham a rua em pré-carnaval de SP
só no início, o arrastão já conta
FRASES
va com mais de 1.200
Gilberto Gil
Ministro da Cultura tranquilas, sem registro de
"O frevo é exigente, sofisticado
ocorrências.
e cultivado em corpo e espirito
Os foliões foram conduzidos
É um género que canta e conta
até o palco do Marco Zero e re.
com muita exatidão a história de
cebidos com fogos de artificio.
Lá, nomes importantes da MPB
Olinda, Recife e Pernambuco"
fizeram sua homenagem ao fre-
vo. Antes da maratona de sho
wscomeçar,cerea de 60 mil pes,
soas, segundo a organização, já
se aglomeravam na frente do
paleo
Bandas abrem folia paulistana
da pelos alunos do Mackenzie
fechou algumas ruas do bairro
com a multidão que se aglome-
rava em volta do trio elétrico.
"A galera, o som, o agito, tá
'mo' clima de carnaval, sim",
disse a estudante Gabriela
Brum, de 19 anos. Para Maria
Carolina Campos, também de
19 anos, a coisa estava mais
ou menos. Falta um colorido
para parecer carnaval. Para
mais informações sobre novos
eventos, a SPTuris disponibili
za o site www.cidadedesao-
paulo.com/carnaval 2007..
Dá para dizer que o carnaval
começou ontem em São Paulo.
Pelo menos em três pontos da
cidade a festa deu as caras em
suas diferentes formas. No Butan-
tà, a banda Butanta, filiada à As-
sociação de Bandas e Blocos de
São Paulo (ABSP) atralu folides
e curiosos pelas ruas do bairro.
No Anhembi, palco dos desti-
les das escolas de samba, o en-
saio aberto da Vai-Vai foi outra
atração gratuita que animou a
cidade. E, na Rua Maria Antonia,
na região central da cidade, a Ma-
ckereta - uma micareta promovi-
se reuniu a portas fechadas du-
rante três horasemeia. Quator-
tos, histórias, brincadeiras
junto de objetos, instrumen-
eles".
Segundo o presidente do
Iphan, na prática esse regis-
trocompreende duas verten-
tes -o valor simbólico e oas-
pecto econômico. "Dá mais
visibilidade às políticas públi-
cas. Com a Lei Rouanet se for
patrimônio nacional é
mais rápido para se obter re-
cursos", disse Almeida. Ele
anunciou também o projeto
de criação do Museu do Fre-
vo, que deve ser inaugurado
em dois anos..
o
aprovaram por
registro do frevo no patrimônio
imaterial brasileiro. O quórum
mínimo para a aprovação é de
12 votos favoráveis. Os conse-
Theiros aprovaram também o
tombamento como patrimônio
histórico da casa de vidro proje-
tada e construfda em São Paulo um
pela arquiteta Lina Bo Bardi.
O Iphan considera como pa-
trimonio cultural imaterial as
práticas e formas de ver e pen-
sar o mundo, as cerimônias,
O conselho consultivo do Iphan danças, músicas, lendas e con-
PROCESSO