Quarta-feira, 23 de março de 2005
ENCONTRO DE sangue azul no Principado de Mônaco: o
príncipe Albert, o "rei" Gilberto Gil, que é um dos monarcas
da nossa música, e a mulher Flora, sua "rainha"
Divulgação
O TROFÉU NA
mão da cineasta
Lúcia Murat e a
placa com a
atriz Maria Flor
são pela vitória
de "Quase dois
irmãos", no
Festival de
Cinema de Mar
del Plata
CURVA DE GOIS
. Lula pensou em entregar o Ministério do
Planejamento a Jorge Bittar. Mas o Rio não
tem sorte no governo petista. Talvez o erro
de Bittar tenha sido não dizer que, embora
viva no Rio, nasceu em Santos, o meu.
COM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, AYDANO ANDRÉ MOTTA, MÁRCIA
VIEIRA E MARCEU VIEIRA
Email: ancelmo@oglobo.com.br/ Fotos: fotosancelmo@oglobo.com.br
O GLOBO
Governadora quer
criar outro fundo
Proposta enviada à Assembléia é
para beneficiar o Norte Fluminense
Maia Menezes
• Enquanto a Assembléia Legis-
lativa apreciava a mensagem da
governadora Rosinha Garoti-
nho que cria o Fundo de Apli-
cações Econômicas e Sociais,
um novo projeto de lei do Exe-
cutivo chegava à Casa criando
mais um fundo. No pacote de
incentivos que a governadora
mandou à Alerj para beneficiar
os municípios do Norte do es-
tado, está a criação do Fundo
de Recuperação Econômica de
Municípios Fluminenses. A
mensagem prevê a concessão
de tratamento tributário dife-
renciado a 32 municípios, entre
eles Campos dos Goytacazes.
Dinheiro sairia do Fundo de
Desenvolvimento Econômico
"A medida visa a proporcio-
nar a retomada do crescimento
de sua economia e, conseqüen-
temente, condições de compe-
tir com os demais estados na
atração de investimentos, in-
centivar a expansão das empre-
sas já instaladas em seu territó-
rio e, ao mesmo tempo, evitar
transferência destas", diz o tex-
to. O fundo criado pela nova
mensagem será capitalizado
com recursos do Fundo de De-
senvolvimento Econômico do
Estado (Fundes) e com outras
fontes orçamentárias. O projeto
não tem data para votação.
Na justificativa para a cria
ção do fundo para compensa-
ções aos municípios do Norte,
a governadora pede urgência
na votação e argumenta que a
reforma tributária, em tramita-
ção no Congresso Nacional,
poderá coibir a concessão do
tratamento tributário diferen-
ciado de que trata o texto da
mensagem. Os recursos serão
administrados pela Agência
de Fomento do Estado do Rio
(Investe-Rio). O fundo será
usado para financiar projetos
de geração de emprego e ren-
da nos setores da indústria,
agroindústria, serviços e co-
mércio atacadista.
O texto que cria o Fundo de
Aplicações Econômicas e Fi-
nanceiras entrou ontem em
votação, em regime de urgên-
cia. O projeto, que prevê tro-
cas de crédito de ICMS por ca-
pitalizações no fundo, recebeu
46 emendas, 15 das quais vin-
das da bancada do PT. A prin-
cipal crítica dos deputados é
ao fato de que a mensagem
cria uma área orçamentária li-
vre dos limites constitucio-
nais, que determina percen-
tuais mínimos de gastos para
as áreas de saúde, educação e
meio ambiente. O argumento
do governo é que outros esta-
dos apresentaram projetos se-
melhantes e que a criação do
fundo não significará custo al-
gum para o contribuinte.
O projeto deverá voltar a ple-
nário na próxima semana. Uma
das emendas apresentadas pe-
lo PT determina que o aporte
de recursos no Fundo de Apli-
cações só pode ser feito depois
de um acordo firmado entre a
empresa doadora e o Estado,
publicado no Diário Oficial. =
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