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Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil

Instituto Gilberto Gil

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Brasil

  • Título: Documentos do Arquivo Pessoal de Gilberto Gil
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    DISCOS Ensaio geral com Gilberto Gil (Univer- sal) - Ga- rimpar a obra de um músico em suas "tantas facetas, tantos per- fis, tantas caretas esque- cidas", como diz o próprio compositor e cantor baia- no sobre este primoroso trabalho elaborado por Marcelo Froes, não é ta- refa das mais fáceis. A cada vez que um produ- tor, estrangeiro ou nacio- nal, lan ofício, geral costuma tropeçar nas inevitáveis versões de es- túdio em que o artista er- rou, gravou e gravou ou- tra vez, mas que, muito tempo depois, já famoso ou morto, "justifica" as- sim a inclusão destes takes em caixas destinadas a fãs CINEMA mar Patch Adams -o amor é con tagioso (cartaz nacional a partir da sex- ta-feira 19) - Contagioso mesmo é o humor de Ro- bin Williams, que aqui se esbalda vivendo a história real de Hunter "Patch" Adams, um mé- dico que acredita no homem, no amor e na profis- são. A trilha so- nora, bem anos 70, trazendo Cros- by, Still & Nash, WILLIAMS mais uma vez faz o papel que seus fäs adoram EM CARTAZ inquestionáveis. Não é de forma alguma o caso de En- saio geral, conjunto de dez CDs, três inéditos, dois dos quais duplos, em que Fróes praticou sua arqueologia nos arquivos da Philips, Phono- gram, PolyGram atual Universal - para trazer à tona momentos importantes de um dos maiores músicos brasileiros. Acondicionados numa bela caixa prateada, no George Harrison e Young Rascals, entre outros dinos- sauros, funciona bem nesta mistura de Um estranho no ninho com Sociedade dos poetas mortos. Indicado para os que acreditam em Robin Williams. (L.C.) VÁ SE TIVER TEMPO formato dos antigos LPs, os dez CDs vêm acompanha- dos de um livro com textos de Fróes e do jornalista e "gilólogo" Carlos Rennó, re- cheado de fotos saborosíssi- LUXO é o melhor adjetivo para definir a caixa de Gil mas de se olhar e relembrar. Lá estão, nas páginas e nas bolachinhas digitais, as co- res e os sons sofisticados de um Gil que já surpreendia logo na estréia artística ofi- cial, em 1967, com Louva- ARTE Brasileiro que nem eu. Que nem quem? (Fundação Armando Ál- vares Penteado, São Pau- lo) - Reunindo telas mo- dernistas, aquarelas do ção, Procissão e Lunik 9. Seguem-se o Gil tropica- lista com o histórico ál- bum Gilberto Gil, de 1968 - o que tem Domingo no parque e Marginália II , o Gil londrino cantando em inglês composições dele e de figuras sagradas do rock, e o Gil composi- tor para cinema com o até hoje inédito Copacabana mon amour, trilha sonora homônima para o filme de Rogério Sganzerla. Saído das escavações, há tam- bém o essencial Expresso 2222, de 1972, que mar- retorno definitivo de Gilberto Gil ao Brasil, de- pois do exílio nada volun- tário. Se é que é possível condensar genialidade, Ensaio geral o fez sem es- conder qualquer possibili- dade de modéstia. (A.R.) OUÇA SEM PARAR cou Brasil Colônia, tesouros barrocos, textos, poemas, gravações, documentá- rios, fotos e uma infini- dade de itens históricos, a mostra em homenagem aos 500 anos do desco- brimento é uma viagem multifacetada que recusa o enfadonho didatismo cronológico. Em sua se- gunda curadoria, a dire- tora de teatro Bia Lessa criou verdadeiras ceno- grafias, como a sala de- corada por uma gigantes- ca ampliação de uma tela de Frans Post ou o ambi- ente circular com o fêmur do Padre José de Anchie- ta cujas paredes foram cobertas por 350 mil pa- litos de fósforo. Um es- petáculo! (I.C.) NÃO PERCA ISTOÉ/1537-17/3/99
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