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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
  • Transcript:
    Dança: Momix faz três apresentações no Municipal. 2 GLOBO SEGUNDO CADERNO E SEGUNDA-FEIRA, 6 DE AGOSTO DE 2007 A REVISTA "Naviloca", ao lado, detalhe do cartaz de "O homem do pau brasil", de Joaquim Pedro de Andrade "TROPICALIA" (1967), de Hello Oliticica Leonardo Lichote e Suzana Velasco o calor de 1968, Gilberto Gil se referia ao termo "Tropicalia" dizendo que te o gosto da cachaça". Hoje, 40 anos depois de Hélio Oiticica ter criado o nome que batizou o mo vimento, a aguardente tropicalista ainda embriaga. As pistas se espa Iham o sucesso pelo mundo da mos- tra que chega quarta-feira ao MAM (vegia quadro), as referências no traba- Tho de grupos como a Orquestra Im- perial, a volta dos Mutantes estampa da no "New York Times". Oiticica na Tate Modern, a devoção de músicos como Devendra Banharto o cinema de Shell 2007 para Tom Zé... Como Gil no tou há décadas, porém, o desenho do rótulo é de linhas imprecisas. A geléia geral se instala a frente à pergunta "o que foi a Tropicalia?". Carlos Calado, autor de "Tropicalla a história de uma revolução musical acusa a dificuldade para definha (ela ndo tem sequer uma forma, é definida sobretudo por seu caráter crítico nos preconceitos nacionalistas de esquer- da de um lado, e apelitismo dos bos- sanovistas de outro"). Já Nelson Mot ta, que cunhou o termo "tropicalis- monum artigo e 1968, aproximase da ideia mais comum que se tem do movimento ("liberdade criativa, expe- rimentalismo, integração com os mo- vimentos internacionals de Juventu- de, hipples, rock, estudantes france- ses"), enquanto o tropicalista de pri meira hora Tom Zé diz que a Trop- calla la e fruto da herança portuguese Falar de Portugal no era char- moso nem moderno. Oswald de An. drade e rock eram mais underground --Ironiza. - Portugal viveu séculos sob Influencia árabe. Nós, tropicalis- tas, não praticavamos a antropola gla, e sim o hábito árabe de aglutinar culturas. Salmos da Idade Media das entranhas do Brasil para a civiliza- ção, sem os vicios de quem foi edu- cado pela linguagem escrita, queria mos o novo. Continue na pagina 2 "RODA DOS PRAZERES" (1968), de Lygia Pape CAETANO VELOSO e Gilberto Gil em 1968 Geléia geral Exposição sobre a Tropicalia chega ao Rio mostrando por que, aos 40 anos, ainda se discute seu legado Um objeto aberto, participativo. E os concretos e neoconcretos temu uma a posição central nisso. A mostra traz também cartazes de filmes de cineastas como Glau- ber Rocha e Jasquim Pedro de An- drade; capas de vinis e revistas; maquetes de Lina Bo Bardi, roupas da Rhodia, pertencentes colecho do Masp; e uma seção dedicada à montagem de José Celso Martinez Correa para "O rei de O rei da vela. No to tal, são cerca de 250 peças. - A Tropicla foluma tentativa de repensar a identidade brasilel- ra. Se fosse generalizar, diria que ela pensa essa identidade a partir do não pertencimento. É a possibi- moderno, referências culturais muito diversas - diz o curador. Foram as obras de Hélio Oiticica er A Tropicalia que ultrapassa a música Mostra no MAM reúne artes visuais, cinema, teatro e moda, além da MPB tura brasileira (1967-1972)", conso lielando seu desejo de mostrar o trabalho desses doils artistas num contexto cultural. Feita primeira mente para o exterior, a mostra ja passou por Berlim, Londres, Chi cago e Nova York. A k A partir de quar ta-feira, ela traz ao Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio o olhar de um argentino, voltado para o resto do mundo, sobre a cultura brasi- leira. Nada mais tropicalista. Partindo de Oiticica e Lygla, Be- sualdo decidiu recriar a mostra Nova objetividade brasileira", de Oiticica apresentou pela primeira Disco: Os CDs solo de George Israel e Rodrigo Santos 8 vez a sua instalação Tropicalia", que acabou dando nome a música de Caetano Veloso, no ano seguin- um momento, feito de múltiplas conversas - diz Basualdo, cura- dor do Museu de Arte Contempo- momento, como gosta de repele semaid chance de intercalcem "Éden" de Oiticica, que convidam o espectador para dentro da obra, além de criações importantes de tas como Lygta Clark, Lyela Pape, Antonio Dias e Nelson Ler a indústria cultural. O teatro eod ner. Há ainda obras concretas e nema ficaram no meio, e as artes neoconcretas, de nomes como visuals, ao lado. Essa posição Ferreira Gullar e Augusto de Cam- marginal delas na industria é um pos, e de artistas contemporaneos dos motivos de se fazer essa mos- que, para o curador, dialogam tra e por as artes no contexto. com a Tropicália, como os brasi- Caetano Veloso, entre outros. a "Nova objetividade brasileira", a -ANova objetividade" é um da Marepe mostra traz a "Tropicalia" e o novo modo de pensar o objeto Basualdo, citando o artigo de Fora Süssekind no livro homonimo da mostra. Ele será lançado amanhã pela Cosac Naily, na inauguração da exposição, com textos de Olti- cica, José Celso Martinez Corrêa e Tropicalia não foi só musica, mas
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