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Documents from Gilberto Gil's Private Archive

Instituto Gilberto Gil

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Brazil

  • Title: Documents from Gilberto Gil's Private Archive
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    Gina plati ouve as propostas demandas do debate "Como Bandalarga Brasil Articular o poder produtivo local O acesso à rede transforma as economias regionais, dando-lhe escala e valor agregado, e vai entrar na pauta das reivindicações dos prefeitos. P or que a conectividade é importante para o desenvolvimento local? O economista Ladislau Dowbor, professor da PUC-SP, elenca quatro argumentos para justificar porque, logo, logo, a banda larga vai integrar a lista de principais reivindicações dos prefeitos. Em pri- meiro lugar, porque a conectividade muda radi- calmente a situação de isolamento geográfico de pequenas cidades, dos empreendimentos in- dustriais afastados e mesmo de bairros dormitó- rios periféricos de centros urbanos desenvolvi- dos. O acesso à rede permite a integração ao mundo econômico, que hoje se baseia no princi- pio da colaboração. Qualquer negócio, para se desenvolver precisa ter relacionamento com a rede bancária, com a rede de apoio tecnológico e de suporte técnico, com a rede de transporte, etc. "Vivemos no mundo onde quem não está conectado, está fora", resume o professor. Soma- se a isso o fato, destacado pelo ministro Gilberto Gil, da Cultura, de que os governos, em suas centralidades, não dão mais conta de expandir o desenvolvimento pelo amplo território de seus países. "O Brasil precisa aprender com a contri- buição especifica de suas comunidades, com as ferramentas de desenvolvimento local." Nesse cenário, a banda larga, para o pequeno empreendimento, funciona como passaporte a informações tecnológicas e comerciais, antes só disponíveis às grandes corporações com redes próprias, base de dados próprias e recursos para contratar as melhores consultorias. Hoje, lembra Dowbor, uma cooperativa, por exemplo, tem con- dições de por meio da internet, ter informações sobre o que é feito em sua área em outras partes do mundo, a novas materiais e técnicas, incorpo- rando valor agregado a seus produtos. E pode comercializar sua produção pela rede, amplian- do, a baixo custo, a sua carteira de clientes. ARede Outubro 2007 Artesanato de Arrozal Como exemplo do impacto econômico da co- nectividade na economia local, Dowbor cita a cooperativa de produtores de tilápia de Pirai, o maior produtor do país, que já exporta a pele desse peixe para o Japão. "Eles descobriram que havia um mercado de alto valor para a pele da tilapia no Japão por meio da internet", conta. Muito longe do Estado do Rio, no interior do Amapá, a venda da castanha em fruto deixou de passar pela mão de atravessadores, graças ao apoio de universidades em Macapá, "Agora, eles extraem a essência do produto em labora- tório e vendem diretamente, via internet, para empresas farmacêuticas francesas." Se ainda não há estatísticas sobre as mudanças nas economias locais provocadas pela conecti vidade, esses exemplos são indicadores de alte rações radicais. Com a internet, acabou-se, para muitos produtos, a ditadura da escala, porque o mercado eletrônico viabiliza produções limitadas que só o mercado local não sustentava. Além disso, a produção pode ganhar mais valor, em função de a banda larga ser caminho para acess- so ao conhecimento, que é fator essencial de produção da sociedade do século XXI. O mesmo exemplo da pele da tilápia é citado por Luiz Fernando Pezão para mostrar as trans- formações que vêm na esteira da rede. Respon- sável pela formulação e início da implantação do projeto Piraí Digital, quando era prefeito da cidade, Pezão tem a dimensão dos impactos da conectividade na economia de uma pequena cidade. A arrecadação de Piraí, com 24 mil ha bitantes, saltou de R$ 17 milhões para R$ 76 milhões, em dez anos, graças a um plano diretor de desenvolvimento, apoiado em uma moderna infra-estrutura de comunicações ARede Outubro 2007 Por isso, o atual vice-govemador do Rio de Janei- ro, além de secretário de Obras, quer fazer da conectividade uma bandeira da frente de prefei- tos. Já começou articulações nesse sentido, apre- sentando, como exemplo, o corredor de cidades digitais do Rio. A partir da experiência de Pirai, o Proderj firmou convênio com a Aprimerj, a asso- ciação de prefeitos do estado do Rio de Janeiro, para o desenvolvimento de outras cidades digi- tais, sempre em parceria com fornecedores, e usando diferentes tecnologias. A lista inclui Rio das Flores e Mangaratiba, com a Intel: Conserva- tória, com a Cisco; Mauá, com a Alcatel: Paraty. com a Nextwave; Rio Claro, São Gonçalo e Petró polis, com a Motorola: Barra do Piraí e Valença, com a Nortel. Ainda em setembro, acertaria com a Oi a cobertura de mais uma cidade. Com esse aprendizado, o Rio vai lançar uma lici- tação para a realização de PPPs parcerias pú blico-privadas), para prestar serviço de banda larga aos 92 municípios do estado. Segundo Te reza Porto, presidente do Proderi, a autarquia que responde pelo processamento de dados e admi- nistra a infovia digital que cobre o território do estado, vai lançar, em dezembro, o edital para consulta pública. "Não vamos definir tecnologia, mas a qualidade dos serviços que terão que ser suportados", diz Tereza, que quer evitar o enges- samento da solução. A idéia é criar uma socie- dade de propósito especifico, como prevê a le- gislação das PPPs, onde o estado entra com a infra-estrutura da infovia e o sócio privado com a última milha. Em contrapartida à concessão para exploração comercial do serviço para a população, a empresa proverá infra-estrutura de banda larga gratuita para todos os órgãos públi- COS do município, do estado ou do governo federal. Além do que já investiu na infra-estrutu- ra, o governo estadual tem que participar de um fundo garantidor, com recursos equivalentes ao custo mensal da operação da infra-estrutura, Tereza diz que há muitas empresas interessadas no projeto das PPPs e o modelo que ela consi- dera mais adequado é o adotado em Paraty. A infra-estrutura em rede Mesh foi instalada pela NextWave em uma parceria com a prefeitura para atender ao centro histórico, durante a 5 Flip-Festa Literária Internacional de Parati. A par- tir de agora, com a realocação de algumas ante- nas em função da remodelação arquitetônica da cidade (todo o cabeamento está sendo enterra-
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