O filme retrata a história absurda por trás de um elevador, localizado em um prédio residencial, que sofre constantes problemas operacionais. Pelas recorrentes mudanças e interrupções, o elevador apresenta uma série de situações surreais que, em si, produzem um curto circuito. Toda vez que a porta se abre, a realidade aparenta se dissipar mais e mais. Para a artista, trata-se de uma metáfora da modernidade no México: sempre em descompasso com futuras propostas repletas de soluções irrealizáveis. Desde 1989, Melanie Smith vive e trabalha na Cidade do México, uma experiência que muito influencia a sua obra. Seu trabalho é caracterizado por uma releitura das categorias formais e estéticas dos movimentos de vanguarda e pós-vanguarda, problematizadas nos lugares e horizontes das heterotopias, conceito da geografia humana elaborado pelo filósofo Michel Foucault que descreve lugares e espaços que funcionam em condições não-hegemônicas.