O autorretrato Encontro é o primeiro e mais forte símbolo da integração de Segall à vida brasileira. É provável que ele o tenha iniciado na Alemanha, antes de sua vinda para o Brasil, usando como referência uma fotografia de 1919, tirada no dia de seu casamento com Margarete, na cidade de Dresden. De chapéu e terno escuro, exatamente como no retrato fotográfico, ele tinge a pele do rosto de marrom, identificando-se com o mulato brasileiro. Essa curiosa síntese entre Europa e Brasil revela ainda, no tratamento das duas figuras e da arquitetura do segundo plano, a marca inconfundível do estilo linear da Nova Objetividade.