Mapa manuscrito, hidrográfico e de relevo, colorido a aquarela, das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Local de produção presumido. Aparecem partes dos atuais estados do Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão e Piauí, e inclui também as Guianas. Aparecem a Vila de Macapá, cortada pela linha do Equador, perto da Ilha de Marajó, e a Vila de Barcelos, capital do Amazonas nas margens do Rio Negro. O rio Cavaburis fica no Norte, em terra dos índios Yanomami. A “nova fortaleza”, perto do Rio Branco, é o Forte de São Joaquim, de 1775, ao lado dos povoados de S. Antonio, S. Barbara e S. Felipe. Fundado na região da atual Boa Vista, servia de barreira aos avanços dos holandeses do Suriname sobre o Amazonas. Em 1755, foi criada a Capitania do Rio Negro, ligada ao Pará. O Estado do Grão-Pará e Maranhão, com capital em Belém, se divide em 1772, sendo criado o Estado do Grão-Pará e Rio Negro. Em 1774, foi criado o Estado do Maranhão e Piauí. O autor Manoel de Braun, filho do engenheiro militar alemão João Henriques Francisco de Braun (que serviu em Portugal como capitão engenheiro em 1736), era Cavaleiro da Ordem de Cristo e engenheiro em Setúbal. Em 6 de novembro de 1778 foi mandado cumprir pena de degredo, sem tempo estipulado, na cidade de Belém do Pará, embora não se conheça seu delito. Conseguindo o perdão real, por bom comportamento, em abril de 1780 foi provido ao posto de sargento-mor da Praça de São José do Macapá, e em 1788 foi nomeado governador de Macapá. Escreveu a “Descripção corographica do estado do Grão-Pará” no ano de 1789 (publicada na RIHG, Rio de Janeiro, v.36, p.269-322, 1873). Regressou a Portugal e governou Estremoz em 1797.