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Festa de São João

Candido Portinari1937

Projeto Portinari

Projeto Portinari
Rio de Janeiro, Brasil

Composição em tons não identificados. Textura não identificada. Cena representando homens, mulheres e crianças em diversas atividades com morro ao fundo. Em primeiro plano, à esquerda, mulher sentada de frente, ligeiramente voltada para a esquerda, tendo o braço esquerdo sobre o colo e direito atrás de uma das três meninas abaixadas à sua direita; ela tem traços fisionômicos sugeridos e cabelos presos em coque. As duas meninas mais próximas da mulher estão de perfil para a direita e a menina mais à esquerda está de frente. As três têm traços fisionômicos definidos e a menina mais à esquerda usa franja encobrindo-lhe a testa. Seguindo para a direita, junto à mulher, no chão, baú. Ao lado do baú, menino pequeno em pé de costas, usando chapéu de aba, camisa de mangas e calças compridas; segurando com a mão direita a saia da mulher à sua direita. A mulher está em pé de costas, usa turbante na cabeça, camiseta com decote em "U", aparecendo combinação rendada por baixo e saia rodada. Na extrema direita, mureta ou caixote, tendo uma menina sentada, quase de perfil para a esquerda e mais atrás, menina em pé de frente, segurando bebê no colo, no braço direito. Ela tem traços fisionômicos definidos, cabelos curtos com corte reto e usa laço de fita na cabeça. No segundo plano à esquerda, mulher de costas, cabelos longos amarrados na altura da nuca, segurando com as duas mãos, uma criança que está sentada de frente, em outra espécie de caixote mais alto que o primeiro. No centro, atrás do baú, mulher em pé, com o corpo inclinado para a direita mexendo em um pilão. Atrás do pilão, outra mulher de frente, vista do busto para cima, 3/4 voltada para a esquerda, com lata d'água retangular na cabeça e usando turbante. Mais à esquerda, menino de costas, subindo em tronco de árvore. No terceiro plano à esquerda, dois mastros com bandeira na ponta, dispostos em diagonal da direita para a esquerda e da frente para trás. Seguindo para a direita, um homem em pé; duas mulheres de frente com lata d'água na cabeça; um homem de frente, carregando feixe de lenha; no chão, armação para fogueira; outro tronco de árvore; uma mulher com trouxa na cabeça; e na extrema direita, três mulheres com panos abertos nas mãos como se fossem estendê-los. Por todo o morro, para o fundo, várias figuras espalhadas, árvores, casas e escadaria quase no centro. Na extrema direita, uma casa grande, com tufos de plantas na frente e coqueiros atrás. No fundo, faixa de céu por trás dos morros

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  • Título: Festa de São João
  • Vida do criador: 1903-12-29 - 1962-12-06
  • Nacionalidade do criador: Brasileiro
  • Sexo do criador: Masculino
  • Local de nascimento do criador: Brodowski, São Paulo, Brazil
  • Local da morte do criador: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
  • Data: 1937
  • Local de criação: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
  • Dimensões físicas: 195 x 172cm sem moldura
  • Procedência: João Candido Portinari
  • Link externo: Projeto Portinari
  • Direitos: João Candido Portinari
  • Técnica: óleo
  • Tema: Social:Favela, Cultura Brasileira:Festas Populares:Festa de São João, Figura Humana:Criança:Menina, Figura Humana:Criança:Menino, Figura Humana:Mulher, Diversos:Elementos recorrentes:Baú, Diversos:Elementos recorrentes:Pilão
  • Pintor: Candido Portinari
  • Observação: Em 1937, Portinari, em entrevista ao “Diário de S. Paulo”, faz o seguinte comentário: “... ‘São João’, obra em que trabalho há cerca de um ano, e que considero das mais importantes que até agora empreendi...” [PR 377]. Em 1943, Graciliano Ramos escreve artigo que será publicado em “O Jornal” relatando a sua experiência, em 1937, ao posar para seu retrato [FCO 3061], no ateliê de Portinari. Nesse artigo, Graciliano faz um longo comentário sobre a “Festa de São João“: “... Da cadeira onde me imobilizava, conseguia, entortando um pouco os olhos, avistar um pedaço do ‘São João’, que ocupava uma parede da sala pequena. Tinham-me aparecido fotografias desse quadro um ano antes, no jornal. Estava então findo, mas a composição continuava. Fora colorido, branco e preto, novamente colorido, e tinha experimentado numerosas transformações. Corrigira-se o molequinho que sobe a palmeira, uma lata d’água mudara de tamanho; o pixaim da mulata vistosa, penteado, estirado com esmero, muito se diferençava da carapinha original. O que me preocupava nessas devastações e renascimentos eram uns anjinhos mestiços que avultavam à direita, admirável tríade onde se concentram, depois de excessivos retoques, os sentimentos bons e os sentimentos puros da favela. No grupo, as minhas simpatias se fixavam mais na cabrochinha mais taluda, viva, iluminada por um sorriso encantador. 'O! Portinari, você ainda vai mexer com esta inocente?’ ‘Não, acho que está acabada.’ Respirei, com agradecimento e alívio. Mas, na outra visita que fiz ao pintor, encontrei minha amiga triste e desfeita: uma sombra perturbara o sorriso maravilhoso. Com certeza essa luz destoava do conjunto.”
  • Número: FCO 5329
  • Catalogue Raisonné: CR-664
  • Assinatura: Sem assinatura e sem data
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