O embate com outros indivíduos e com o seu entorno norteia diversas das intervenções filmadas, fotografadas ou performadas
por Patrícia Araujo(Fortaleza, 1987). Em algumas ações, trata-se de um corpo vulnerável e passivo, que pena ao fundir-se com a paisagem. Noutras, tenta competir com o incomensurável ou procura sustentar um equilíbrio frágil quando são muitas as eventualidades que podem o derrubar. Em Abalo, a artista apresenta uma constelação de registros que desdobram seu projeto Resposta Selvagem, no qual ela fixa lambe-lambes com nomes de acidentes geológicos nas paredes de alguns estabelecimentos de Fortaleza ou São Paulo que estão prestes a ser destruídos. Nesta instalação inédita, o abalo que pode ser comparado às dinâmicas imobiliárias se associa também a ensaios de aguda aproximação e abrupto choque em ações performáticas e em materiais de arquivo.