Silberstein ficou impressionado com a presença de duas grandes figuras de papel machê de Judas na Casa Azul: uma na sala de estar, retratada aqui em frente a Kahlo, e a outra em cima da cama com dossel dela. As figuras fazem parte das celebrações tradicionais do Sábado de Aleluia em algumas comunidades mexicanas, apresentadas em desfiles ou expostas em praças públicas e, muitas vezes, incendiadas dramaticamente com fogos de artifício. Diego Rivera retratou o ritual em seu mural público A Queima dos Judas (1923–24). Kahlo também incorporou a figura nas obras de arte; em A Mesa Ferida (1940), uma figura de Judas, vestida de forma semelhante à retratada na foto, aparece atrás de um autorretrato de Kahlo.