Máscara funerária de prata dourada representando o rosto idealizado de um defunto, cujo nome não se preservou. Raras vezes, as máscaras funerárias retratam o rosto do defunto, pretendendo-se obter um semblante de linhas suaves, com olhar expressivo, demonstrando boa saúde física e espiritual e inefável confiança na eternidade. Esta peça não tem qualquer decoração floral ou vestígios de inscrição, como era hábito neste tipo de materiais fúnebres, revelando o notável trabalho na reprodução dos detalhes do rosto, denotando boa observação anatómica. A cabeleira (ou toucado) estende do meio da testa em relevo destacado, envolve as orelhas e cai sobre o peito, contornando o rosto de traços suavizados e com vestígios de policromia acastanhada nas sobrancelhas e nos olhos. Do ponto de vista técnico revela um bom trabalho no domínio do metal utilizado, conseguindo obter uma fina espessura com o máximo de dois milímetros, em excelente execução do repuxado.
Grande parte das máscaras funerárias conhecidas, espalhadas por alguns museus da Europa, Estados Unidos e Egipto, são feitas de cartonagem, e muitas delas são douradas, por vezes com cabeleira pintada de azul, sugerindo a bela coloração do lápis-lazúli.