Marcelo Cipis exibe o vídeo feito originalmente para a Bienal de São Paulo de 1991, junto a uma grande tela de 2,5 por 6 m, que reproduz o painel de fundo utilizado para a gravação do vídeo. Além disso, um conjunto de cerca de 10 pinturas que enfatizam o ruído e o inacabado, aspectos pouco vistos na produção do artista, mas que estão presentes em obras de diversos períodos, tendo se intensificado recentemente. Trata-se de um ambiente midiático, habitado por promessas de felicidade e bem-estar. Com afeto, o artista imaginou a face de um corporativismo bondoso, em imagens de humor aparentemente despretensioso. O vídeo de 1991, que divulga a empresa “Cipis Transworld, Art, Industry & Commerce”, dá indícios de um mundo em que a tecnologia e o mercado conviveriam de modo harmônico com a arte e a criação. O tempo, porém, deixa transparecer a angústia por trás do riso - o descontentamento que começa, recomeça e provoca curtos-circuitos no traço antes tão claro e preciso. Pinturas e desenhos demonstram indecisão e incerteza processual. Formando em arquitetura pela FAUUSP, Marcelo Cipis (São Paulo, 1959) vive e trabalha em São Paulo. Dedicou-se a ilustrações para periódicos, jornais e livros e ao mercado publicitário. Participou da 21ª Bienal de São Paulo com o trabalho que traz ao Arte Atual: “Cipis Transworld, Art, Industry & Commerce”.
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