Pensando o conceito antropológico de dádiva – troca entre dois objetos distintos com base em valores simbólicos e não econômicos –, objetos se lançam no vão do espaço expositivo e ocupam o interior da sala, acompanhados de um curta-metragem intitulado COPOD’ÁGUAPORVIOLONCELO. Toda a instalação gira em torno dessa troca, que se desdobra em três formas: escultura, vídeo e réplica de escultura. No filme que acompanha a escultura, um copo d’água é trocado por um violoncelo (uma menina conduz essa troca), numa espécie de sacri cio. Trata-se de uma escultura de um barco cortado, com um violoncelo numa ponta e um copo d’água na outra, que foi produzida a partir do filme. A obra tem a forma de uma balança, precisando ser suspensa pelo meio.