Iaiá de Ouro foi um dos apelidos de Feliciana Maria Olímpia, mulher negra livre que tinha muito prestígio no Recife na segunda metade do século XIX. Acusada de se prostituir e “afamada bruxa do Largo do Forte das Cinco Pontas”, teve um papel importante na conexão das experiências religiosas das comunidades negras urbanas de Pernambuco, especialmente envolvendo catimbós e xangôs. Moradora do Largo do Forte das Cinco Pontas, Feliciana foi também acusada de enriquecimento indevido por meio das práticas de curandeirismo. Os jornais a chamavam de “célebre feiticeira Yaya” e, apesar da intolerância, Feliciana exerceu grande poder sobre escravizados, livres, homens, mulheres, pobres e quem sabe pessoas da elite, que procuravam a cura de seus males.
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