Trata-se de uma obra executada na Bretanha que deixa transparecer características de cariz sentimental, em atmosfera melancólica, de brumas e névoas com que habitualmente Sousa Pinto envolve as suas composições realizadas neste local.
A jovem, sentada na terra junto de uma falésia, dirige o olhar triste e nostálgico para a água, segurando algo na saia do seu vestido.
Sousa Pinto é um destacado pintor ligado ao primeiro naturalismo português e um dos melhores interpretes da região da Bretanha, onde o artista viveu com a sua família e pela qual se apaixonou. Não seguiu as correntes vanguardistas. Foi fiel aos valores da sua formação, pelo gosto de narrativas sentimentais da vida, ao registar belas paisagens campestres e à beira-mar, da vida quotidiana, dos costumes e dos dramas das gentes. Das suas longas estadias em Portugal as suas obras são expressivamente luminosas.