Em seu dia a dia, Favéro vive em meio a natureza, desenhando o dia inteiro árvores e rochas para se recarregar. Cinquenta de seus desenhos feitos na França foram expostos na sala denominada Clínica da Árvore. O artista também apresentou um projeto de escultura - a Floresta Invisível -, uma plantação-ritualística, onde prestou homenagem à primeira floresta do continente sul-americano há muito desaparecida. Ela se desenvolve em harmonia com árvores vivas de um pátio que milagrosamente sobreviveu no meio desta grande cidade. O desejo do artista foi transformá-la em uma floresta fantasma mediante a elaboração de troncos de árvore, feitos de tela de galinheiro. Nas bases desses troncos foram colocados um crânio, uma pedra, um cristal, um galho, um toco ou galhadas, dentro de cilindros de tela de galinheiro pousados no chão. Eles são como sementes ou almas, que alimentam as árvores desta floresta mágica. Ao crescer em direção aos nossos olhos, estas árvores estabelecem a ligação terra-céu da floresta, que tem aqui o caráter transitório do invisível evocado. A luz física, mental e espiritual irriga a vida ao dar à obra uma energia incomum que o artista deseja transmitir e compartilhar.