Joana Angélica de Jesus por Marília Navickaite

oana Angélica de Jesus nasceu em Salvador, em 1761. De família abastada, recebeu excelente educação e aos 20 anos entrou para a Ordem de Santa Clara. Em 1821, no ano que D. João VI retorna a Portugal, assume a função de Abadessa do Convento Nossa Senhora da Conceição, na Lapa.
Enquanto a Corte de Portugal exigia o retorno de D. Pedro e a volta do Brasil colônia, na Bahia acontecia acirrada disputa entre os nascidos em Portugal e os nascidos no Brasil. Durante o conflito, em fevereiro de 1822, soldados portugueses invadem o Convento na Lapa. Entretanto, tiveram sua entrada bloqueada por Joana Angélica, para proteger e resguardar a integridade física de outras freiras e a segurança do Convento. Acabou sendo morta com golpes de baioneta. Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira  mártir da grande luta que continuaria até a definitiva libertação da Bahia, em 2 de julho de 1823.
Em 2018 seu nome foi inscrito no "Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria", que se encontra no "Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves", no Distrito Federal.