Composição com paisagem estruturada em grandes manchas triangulares que evocam cada um um elemento (terra, muro de pedras, promontório coberto de vegetação e por fim o mar) organizando-os de forma geométrica. Numa tomada de vista pouco comum, o cruzamento de diagonais quebra-se apenas nas manchas irregulares da vegetação, visível por trás do muro, e sobretudo nas sombras (de duas figuras?) projectadas sobre a mancha clara e luminosa de terra do primeiro plano. A linha do muro de pedras acentua o declive, projecta o olhar para a mancha compacta do mar e anula a presença dos planos intermédios. A obra é inacabada, com a mancha de cor apenas modelada, o que eventualmente contribui para acentuar o carácter geometrizante e abstracto da composição.