Par de «Le Bosquet des Bains d’Apollon», a pintura pode ter constituído um estudo para uma tela de maiores dimensões de Hubert Robert atualmente no Musée National du Château, em Versalhes. Afigura-se mais provável, no entanto, a hipótese de se tratar de uma réplica de data pouco posterior. Refira-se que os quadros de Versalhes, diretamente encomendados por Luís XVI, foram expostos no Salon de 1777, onde causaram grande sensação. Este sucesso pode servir de explicação para o facto de o artista ter realizado uma nova versão das pinturas.
Em ambas as telas se representa o trabalho de abate e replantação de árvores no parque de Versalhes ordenado pelo soberano após a sua chegada ao trono e levado a efeito durante os invernos de 1774-1775 e 1775-1776. As pinturas de Versalhes e Lisboa diferem em alguns pormenores. Em ambos os quadros se avistam contudo o grupo clássico Castor e Pólux, à esquerda, e a estátua de Mílon de Crotona, da autoria de Pierre Puget, à direita. A cena situa-se à entrada do Tapis Vert, com o Bassin d’Apollon em frente e o Grand Canal perdendo-se na distância. O bosquet La Colonnade, concebido no final do século XVII pelo arquiteto Jules Hardouin-Mansart, encontra-se parcialmente visível.