Quando, com as reformas do sistema postal no séc. XIX, se verificaram que o peso das correspondências era tanto ou mais importante que a distência a percorrer para as entregar, as balanças práticas e sensíveis passaram a fazer parte obrigatória de todas as estações de Correio. As correspondências não são normalmente objectos muito pesados, mas a sua pesagem, de que depende a fixação da taxa exige da balança um considerável alcance, isto é, a relação entre o maior peso que pode aceitar e a menos diferença de peso que pode registar, e uma suficiente sensibilidade capaz de determinar o peso de objectos mesmo muito leves.
Esta balança para peso de correspondência era utilizada no século XIX e foi inventada pelo Sub inspetor Geral dos Correios e Postas do Reino, Lourenço António de Araújo.
Esta balança foi inventada para pesar cartas, principalmente as estrangeiras e criada para facilitar o trabalho inicialmente enfadonho e demorado, por exigir muito tempo e muitos oficiais, havendo muitos erros.
A taxa das cartas era calculada em função do peso e da distância. Com a criação desta balança, foi possível pesar muito mais rapidamente as cartas e atribuir-lhes a taxa correta. A grande invenção desta balança não foi pesar, mas sim indicar a taxa correta a cada tipo de carta.