"(...) para alguns comentadores, em La Bohème, Puccini parece já prefigurar o tipo de tempo dramático que seria ideal na arte cinematográfica. Nesta ópera, como assinala Conrad Wilson, em seu livro sobre o compositor, 'a música é a ação, e a ação a música, de um jeito novo na ópera. Isso é o que faz a descrição musical, vividamente exata, de cada incidente do segundo ato, única na história da ópera. Temos música que não está congelada no tempo, do jeito que normalmente tem que ser na ópera. Mesmo a parte orquestral, assim como o canto, soa coloquial, com frescor, sem sacrificar a beleza nem da sonoridade instrumental, nem da vocal. Ninguém -- à exceção do próprio Puccini, em um momento do terceiro ato de Manon Lescaut -- jamais tinha feito nada assim antes na ópera italiana, e ninguém voltaria a fazê-lo com sucesso'."
(Irineu Franco Perpetuo)
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