Revoltas anticoloniais não tiveram apenas a participação de homens brancos, conforme registram os antigos manuais didáticos. As africanas Mariana Xambá, Isabel Mina, Mariana da Costa e Clara Courá se destacaram em episódios de insurreições em Minas Gerais. Na década de 1720, em Itabira, era denunciada Mariana da Costa, casada com o africano Manoel Mina, pois em sua “casa se ajuntava os mais da mesma nação causando seus folguedos”. O casal contava com o apoio de Isabel Mina, “que intervinha” na revolta. Em 1744, Mariana Xambá e Clara Courá foram acusadas de articuladoras na conspiração que propagava ideias messiânicas e milenaristas na cidade de Serro Frio.