Nascido em Niterói, em 1860, Antonio Parreiras foi aluno na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), na qual teve contato com diversos artistas e pintores que influenciaram a sua obra, como Georg Grimm (1846-1887) e Castagneto (1851-1900). Sua primeira exposição individual aconteceu em 1885 na loja A Photographia, no Rio de Janeiro, logo depois de exibir as mesmas obras em seu ateliê em Niterói. Essas duas experiências abriram caminho a outras tantas exposições individuais logo no início de sua carreira, não somente no estado do Rio de Janeiro como também em outras localidades. Sentindo a necessidade de ter acesso às produções de outros países, consegue articular a venda de sua obra “A tarde” pelo Governo Imperial. O montante, então, é usado para financiar sua viagem à Europa, mais precisamente na Itália, onde estuda com Filippo Cárcano (1840-1914). Ao voltar para o seu país natal, viaja pelas florestas, retratando a fauna e flora locais com intensidade. Viaja diversas vezes para a Europa logo após disso, mas tem sua produção de pinturas de paisagens em decadência a partir da década de 1920. A partir de 1932, então, adoece aos poucos até a sua morte em 1937. Segundo o próprio artista em seu livro de memórias, “História de um pintor contada por ele mesmo”, em seus 55 anos de atividade, produziu mais de 850 pinturas e 39 exposições pelo Brasil.