"Máquina do mundo" toma seu título emprestado do célebre poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Nela, os processos metafísicos presentes na vida dos indivíduos, como o tempo e as transformações da matéria, unem-se a elementos importantes na construção das infraestruturas sociais – como o maquinário (referência aos processos industrializantes, em que a contemporaneidade está situada) e também o mármore (como símbolo de permanência e da tradição escultórica).
Para Laura, este trabalho é uma espécie de “ampulheta maquínica”, na qual o tempo é o responsável por modificar elementos que até então, no campo representativo, eram utilizados como símbolo de durabilidade. Assim como em uma ampulheta, há a mudança contínua da forma da areia que se esvai de uma extremidade a outra, em uma dualidade entre a permanência e a transformação. "Máquina do mundo", portanto, reinicia-se como num ciclo de começo e fim.
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