Há uma sugestão de floresta imaginária que pelo desejo pictórico e engendramento de formas orgânicas solicita uma contínua criação de espaços. Na indefinição entre o vegetal e o carnal generaliza-se um declarado erotismo de formas. A sua triangulação contínua, por vezes distorcidas, estranguladas e riscadas, torna-as expressivas. A temperatura da cor que vem ainda amplificar esta sugestão e a luminosidade nocturna contribui para o efeito densificado da superfície da tela que se assume como uma matéria viva que associa a sensualidade do fazer e experimentar os materiais com o mais puro erotismo. (Pedro Lapa)