"[...] Seus diversos Objetos, Destroços e Gravura 5 são ainda carretéis, mas agora, por meio deles e em seu entorno, Iberê dedica-se a experiências com relevo. Com este, explora a matéria física em si, não em aspectos de sua simulação por meio de recursos gráficos. Matéria agora é o que é palpável ao toque. As gravuras fazem-se na ruptura, ao rasgar, perfurar a matriz. Algumas provas são impressas com pigmento branco acrescentado à tinta de impressão, incrementando, assim, a densidade pastosa da matéria da gravura. O caráter experimental do artista faz-se mais ousado ainda nesse período de expansão."
ZIELINSKY, Mônica. Iberê Camargo: catálogo raisonné. Cosac Naify: São Paulo, 2006. p. 96.
Esta gravura é a primeira na qual Iberê trabalhou o relevo, visando propiciar o aspecto matérico no campo da gravura. No entanto, no caderno de notas de gravuras do artista (CA012), ela foi intitulada como Objetos (2) e não como Objetos (1).