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Par de pistolas oferecidas ao Príncipe Real D. Pedro

Tomás José de Freitas e António Joaquim de Figueiredo1817

Palácio Nacional de Queluz

Palácio Nacional de Queluz
Queluz, Portugal

Tomás José de Freitas (mestre armeiro)
António Joaquim de Figueiredo (mestre gravador)
Arsenal Real do Exército, Lisboa, Portugal, 1817
Aço e madeira com embutidos de ouro e prata
20,5 cm (comprimento da arma)
7,5 cm (comprimento do cano)
12 mm (calibre)
Inscrições:
THOMÁS JOZÉ DE FREITAS
ARCENAL REAL DO EXERCITO LX.A 1817
AN.TO JOAQU.M DE FIG.DO GRAV.

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  • Título: Par de pistolas oferecidas ao Príncipe Real D. Pedro
  • Descrição detalhada: Par de pistolas de fechos centrais de pederneira, ditos “de caixa”, com decoração embutida a ouro, com motivos vegetalistas e aves, com cães do tipo “de argola”. Os canos das pistolas são desenroscáveis, para carregamento, e são decorados com motivos vegetalistas e aves, em embutidos a ouro. As coronhas são em madeira, decoradas a fio de prata embutido, com motivos vegetalistas estilizados, cabeças de dragões e as Armas do Reino Unido de Portugal e Brasil. De assinalar ainda as inscrições dos nomes dos mestres armeiro e gravador e do local e data de fabrico. As pistolas foram fabricadas por ocasião do casamento de D. Pedro com D. Carolina, Arquiduquesa de Áustria, em 1817. Obra do mestre armeiro Tomás José de Freitas, que trabalhou no Arsenal Real de Lisboa entre 1813 e 1836. O trabalho decorativo esteve a cargo do mestre gravador e cinzelador António Joaquim de Figueiredo, que trabalhou no mesmo estabelecimento entre 1773 e 1817, e tendo sido estas pistolas, muito provavelmente, um dos seus últimos trabalhos. Em data incerta, foram estas pistolas oferecidas ao Museu Militar pelo Museu de Belas-Artes (atual Museu Nacional de Arte Antiga). Em 1930, já estas armas integravam o acervo do Museu Militar (atualmente Museu Militar de Lisboa), tal como figura no catálogo desse ano. Na noite de 20/21 de março de 1973, foram furtadas das instalações deste Museu. O assaltante acabou por ser detido e terá declarado que, perante a iminência da sua detenção, teria atirado ao rio Tejo este par de pistolas. A verdade é que, nos anos 90, este par de pistolas apareceu à venda numa leiloeira inglesa. O Estado Português interpôs uma ação judicial para impedir a venda e a leiloeira optou por devolvê-las ao seu detentor da altura, um cidadão alemão. As diligências para a recuperação destas peças continuaram, agora nos tribunais alemães, mas a conclusão foi desfavorável às pretensões portuguesas. Em 2009, as pistolas aparecem num catálogo duma leiloeira em Portugal, iniciando, então, as autoridades judiciais portuguesas um conjunto de procedimentos que conduziram ao arresto das peças e, posteriormente, à sua devolução ao Museu Militar de Lisboa, em 2010.
  • Criador: Tomás José de Freitas e António Joaquim de Figueiredo
  • Data: 1817
  • Localização: Lisboa, Portugal
  • Rights Information: L.S.A.
  • Image Rights: © PSML | Foto: Paulo Cintra & Laura Castro Caldas, 2014
  • Direitos: OBRA CONVIDADA - Museu Militar de Lisboa
Palácio Nacional de Queluz

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