O presente padrão, constituído por módulos de 4x4 azulejos, é algo paradoxal, pois embora pertença, à partida, à categoria das soluções mais simples concebidas nas oficinas de Lisboa, aquelas em que o módulo de 4x4 era constituído apenas com dois elementos diferentes, forma uma composição sofisticada, de grande dinamismo e valor decorativo. Composta por cordões e ferroneries de gosto maneirista, teve, para além da versão em policromia, outra a azul sobre branco (MNAz, Inv. 3773 Az). Ambas podem ser admiradas in situ no convento de Cristo, em Tomar, registando Santos Simões que a versão a azul sobre branco surge em grande quantidade, totalizando 27500 azulejos, dispostos como silhares, nos "corredores do cruzeiro". Não obstante, estes padrões são relativamente raros, podendo embora a versão policroma ser vista na quinta da Penha Verde, em Sintra, forrando a Fonte do Corvo, numa aplicação associada ao cronograma 1651.