Constantino de Fontes, a partir do desenho de J. A. F. Gradil
Lisboa, Portugal, 1837
Gravura, água-forte e buril
42,5 x 26,7 cm
Inscripção: “Heróe sem igual, da Patria libertador: / Rei Filosofo, General, Capitão e Soldado, / A'Lizia liberdade deu, arrostrando o Traidor; / Firma Dijnastia, e Throno; morre socegado. – Guerreiro sem ambição, igual ao camarada, / Unico Immortal que ao tumulo desceo; / Nas Acções, a vida reputou em nada, / Despresando gloria, unido a elles morreo. // Transmite aos teus Camaradas este abraço em signal da / justa saudade, que me acompanha neste momento; e do / apreço, em que sempre tive seus relevantes Serviços.”
Subscrição: “J. A. F. Gradil. – Fontes. Gr. em Lisboa 1837.”
Em 1837 o pintor e editor J. A. F. Gradil colabora como desenhador numa gravura, aberta por Constantino de Fontes, que representa os últimos momentos de D. Pedro IV. O desenho algo naïf apresenta um interior imaginado, motivos alegóricos e uma legenda laudatória. No medalhão laureado D. Pedro, no leito de morte e em presença dos seus marechais, abraça o veterano Manuel Pereira, do batalhão de infantaria Caçadores 5.
Esta gravura é, provavelmente, a última gravura realizada por Constantino de Fontes, ativo em Lisboa entre cerca de 1810 e finais da década de 30.
Gradil é também autor de um desenho alegórico que representa “A Justiça Triunfante e o Despotismo Punido”, gravado por Fontes em 1835.