Esta é a locomotiva mais pequena da exposição permanente do Museu Nacional Ferroviário. Desempenhava uma função muito específica, testemunhando a importância que o caminho de ferro teve noutros setores de atividade. De bitola estreita, circulava numa linha de 600 mm de largura. Foi construída em Inglaterra pela empresa Robert Hudson em 1918, para ser uma locomotiva industrial. Fez parte de uma fundição parceira do construtor e terá tido utilização militar nas linhas férreas temporárias da I Guerra Mundial, transportando até à frente de batalha aprovisionamento, armamento ou munições. Foi comprada em 1922, pela Empresa Carbonífera do Douro (E.C.D.). As locomotivas mineiras não tinham números mas nomes. A esta locomotiva foi dado o nome "Pejão” pois serviu no Couto Mineiro do Pejão em Castelo de Paiva, onde se fazia a exploração subterrânea de carvão, e transportava carvão das minas até aos barcos no Rio Douro. Foi preservada após o fim do transporte de minério por caminho de ferro.