Prato de porcelana pintada a azul-cobalto intenso sob o vidrado com representação no fundo, ao centro, de um escudo peninsular com as armas do apelido Coelho. O brasão de armas tem sido atribuído a António de Albuquerque Coelho de Carvalho, fidalgo da Casa Real que desempenhou vários cargos importantes no Brasil, nomeadamente o de governador das Capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais e, mais tarde, o de governador de Angola, onde faleceu em 1725. Contudo, não é de excluir a hipótese de que o mesmo tivesse sido encomendado por seu filho ilegítimo António de Albuquerque Coelho, que fez carreira no Oriente, primeiro fidalgo-escudeiro da Casa Real que serviu como Tenente de Mar e Guerra e capitão de Infantaria de 1700 a 1708 em Goa, depois Capitão de Mar e Guerra e capitão de Infantaria em Macau de 1708 a 1716, onde foi também Capitão General e Governador de 1718 a 1719. De 1722 a 1725 foi governador de Solor e Timor, em 1719 Governador e capitão-general do reino de Pate (c. Mombaça) e, em 1739, comandante em Mormugão (Goa).
Maria Antónia Pinto de Matos in catálogo Presença Portuguesa na Ásia, Museu do Oriente, 2008, p. 166-168
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