A partir de 1937, sob o impacto das tensões que conduziram o mundo à Segunda Guerra Mundial, Segall produziu uma série de pinturas de grandes dimensões, retratando os eventos dramáticos que vitimaram a humanidade, nos séculos 19 e 20. Pogrom, que trata da matança dos judeus, é a primeira dessas telas. Surgem, depois, Guerra, Campo de concentração, Êxodo, além dos desenhos aquarelados do Caderno Visões de guerra 1940-43. O crítico Geraldo Ferraz aproximou o Pogrom de Segall à Guernica de Picasso: “Como se situaram próximos esses dois quadros de tamanha verdade: [em Picasso] o cinza recobre simbolicamente toda a atmosfera após o bombardeio e o incêndio da cidade basca, [e no Pogrom] é a grande tragédia do povo judeu que nos acusa em sua imobilidade”.
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