O Perfumador Árabe é peça única e uma das maiores obras de cerâmica executadas por Rafael Bordalo Pinheiro. Foi dedicada e oferecida ao Conselheiro Júlio de Vilhena, amigo do artista e administrador do Banco de Portugal que adiou sucessivamente a cobrança de dívidas da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, à época com graves problemas financeiros.
Trata-se de uma peça com decoração variada, destacando-se os leões que suportam a grande vasilha e os elementos rendilhados simulando filigrana, de grande fragilidade. À frente e atrás da peça, dois nichos com pequenas micro esculturas alusivas à Via Sacra, remetendo para as esculturas que o artista realizou para as Capelas do Buçaco. Dois pequenos painéis simulando azulejo remetem para os motivos de inspiração hispano mourisca, que fazem reviver esse período da historia ibérica. Esta peça foi doada ao Museu por Júlio de Vilhena por influencia do fundador do Museu, Cruz de Magalhães.