Biard foi um dos mais importantes artistas viajantes do século XIX. Nascido em Lyon, na França, formou-se em Belas Artes. Seu trabalho como professor de desenho da Marinha francesa possibilitou a realização de uma série de viagens de registro para países da Europa e África nas décadas de 1820 e 1830. O artista desembarca no Brasil em 1858, onde permanece um ano. Sua ida ao norte do país resulta em alguns registros de cenas do cotidiano de povos indígenas, como acontece em “A fabricação do curare na floresta amazônica”, pertencente ao Musée du Nouveau Monde, na França. No Rio de Janeiro, retratou membros da corte portuguesa, como acontece em “Portrait de l´impératrice du Brésil, Tereza Cristina”, pertencente a coleção do museu e que retrata Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, a última imperatriz do Brasil.
Em 2010, 50 obras de Biard foram reunidas na Pinacoteca para a exposição “François Auguste Biard: o indígena e o olhar romântico”.