Natural de Valenciennes, tal como Carpeaux, Bruno Chérier, pintor de profissão, manteve com o escultor uma relação de amizade que se revelaria profunda, sobretudo em tempos de maiores dificuldades para Carpeaux. Enquanto Chérier pintava o retrato de Carpeaux, este modelou o busto do amigo, (inscrito «Souvenir fraternel offert à mon vieil ami Bruno Chérier, peintre. – Son compatriote: J.-B. Carpeaux, 1875»), tendo sido este último, acolhido com grande entusiasmo no Salon de 1875. Ao modelar um grande amigo, em situação totalmente informal, Carpeaux teve a possibilidade de revelar as suas qualidades de retratista, trabalhando livremente as características principais do rosto, criando efeitos realistas e deixando as marcas da sua individualidade, sobretudo dedadas, mas também as marcas da passagem dos instrumentos de trabalho.
Calouste Gubenkian adquiriu, na venda do Ateliê Carpeaux, o gesso original deste busto, a partir do qual se fizeram as restantes passagens a gesso e bronze.
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