Retrato de Prostes da Fonseca, um familiar do pintor, ministro durante a monarquia. Obra construída segundo uma estrutura recorrente em Columbano, durante a segunda metadae do anos 1880. em busto, executado em óleo sobre madeira, visto de perfil, em tamanho um pouco menos do que o natural, representando um homem calvo, com bigode e patilhas, olhando de soslaio. Tem colarinho de volta (não de padre) e casaco fechado em cima. A figura é recortada sobre um fundo negro, destacando-se deste, somente a mancha do rosto, que tem, na sua base, a barra branca do colarinho. A pintura estrutura-se a partir da singularidade do rosto, numa análise cuidada dos seus pormenores fisionómicos, abandonando, da representação, qualquer outro atributo da figura ou qualquer outro elemento decorativo adjacente. Nesta obra, o pintor concentra a sua expressividade na luz emanante da zona central do rosto e na força do seu olhar, neste contraste de sombra/luz que possibilita o lento processo de reconhecimento progressivo da própria figura.