O cartaz moderno tem o seu advento, no séc. XIX, fruto da invenção da litografia (1798) que permitia a impressão de milhares de exemplares em poucas horas, por um custo mais económico, tendo sido enriquecido, anos mais tarde, por outra técnica, a cromolitografia (1827). Feito para ser afixado, prende o transeunte com as suas cores estimulantes, durante um lapso de tempo, que se quer breve, “dois segundos” diria Attilo Rossi, tempo suficiente para que a mensagem seja apercebida. Pertence á colecção do Arquivo Iconográfico, cuja proveniência é na sua maioria da empresa dos CTT e relembra uma época, fruto do discurso ideológico do Antigo Regime, que encontrou neste meio (e não só, veja-se a título de exemplo o Guia Oficial, as Listas Telefónicas, o postal ilustrado ou o selo postal, entre outros) uma dimensão à altura das suas ideologias. Para tal, em 1937 era criada a Secção de Publicidade e Propaganda dos CTT (SEP) a quem cabia promover a propaganda dos serviços dos correios, telégrafos e telefones, bem como explorar um serviço de propaganda comercial, para uso do público. Adaptando novas técnicas verbais e gráficas, a publicidade evoluiu até aos nossos dias numa grande riqueza temática, continuando na vanguarda de toda a actividade comercial, não se limitando a induzir a preferência do público para um determinado produto, em vez de outro, mas despertando necessidades vitais, outras meramente úteis e outras até desconhecidas.
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