Realizada no ano em que António Ramalho chegou a Paris, revela o seu interesse e o seu encantamento pelo cosmopolitismo da capital francesa, representando uma das suas principais praças.
Consciente da circularidade do conjunto, Ramalho criou a obra a partir da compreensão plástica dessa mesma espacialidade, que ultrapassa os limites físicos da tela e se perde no horizonte. O centro é marcado pela fonte monumental, importante marco visual, pelo efeito regulador entre os diversos elementos constitutivos da composição, e cromático pelo contraste criado pela cor branca das linhas arqueadas dos jogos de água, nas tonalidades mais sombrias e dominantes.