Esta é uma obra para a qual a palavra “plasticidade” cai muito bem, instrumentos que se derretem suave e perfeitamente, oferecem uma imagem tridimensional de um recurso artístico usado na pintura. A veia surrealista de Los Carpinteros aparece aqui, numa linguagem contemporânea de objetos isolados no drama da sua decomposição, que nos faz imaginar uma música que se esvai na medida que os instrumentos perdem a forma que os define, até mudar de estado e virar matéria líquida e abstrata.