Às margens de rios e riachos, principalmente Iguaçu e Sarapuí, no Recôncavo da Guanabara, Rio de Janeiro, se instalaram quilombos desde o começo do século xix, permanecendo ativos até as vésperas da abolição em 1888. Rainha Marta foi identificada como uma das líderes dos quilombos de Iguaçu. Além de cuidar das roças de mandioca, ela atuava como intermediária nas trocas mercantis entre os quilombolas e taberneiros locais. Quando os jornais noticiaram ataques feitos contra vários destes mocambos, listaram Marta entre as vinte pessoas presas e a apresentaram como “rainha do quilombo”. O título atesta o misto de poder, liderança e prestígio que Marta tinha no cotidiano de Iguaçu.