Este guache parece ter uma filiação clara – a tela Eternos caminhantes –, do ponto de vista da temática e da composição. Como na pintura de 1919, aqui também Segall trata da condição errante dos judeus. Em ambos os trabalhos, ele exibe o estilo que classificou como “expressionismo construtivo”, marcando sua posição dentro do movimento expressionista alemão. Seus contemporâneos, segundo ele, tendiam mais para a “dissolução das formas”, enquanto ele buscava apresentá-las de maneira ordenada. Um desses contemporâneos, o alemão Otto Dix, ligado a Segall por laços de amizade, também usava cores solares, explosivas, mas Segall preferia as tonalidades sóbrias, lunares.