Partindo da chamada “Costa da África” e desembarcando em Salvador “em tenra idade”, Rosa do O’Freire foi escravizada e vendida. Ao que se sabe, virou vendedora no comércio urbano. Com o tempo, comprou não só a própria liberdade como também alguns escravizados, dos quais recebia uma diária. Por meio de seu testamento de 1863, ficamos sabendo que Rosa possuía propriedades e nove cativos, e que concedeu liberdade a duas escravizadas africanas, sob a condição de que pagassem o valor necessário ao testamenteiro, ao enterro e ao espólio dela. Rosa representa um exemplo recorrente entre muitas africanas ocidentais escravizadas no Brasil, que não casaram nem tiveram filhos, mas criaram redes de parentesco, proteção e apoio em suas comunidades.
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