A notícia do batizado do infante D. Pedro, na Capela Real de Queluz, foi dada na Gazeta de Lisboa de 23 de outubro de 1798, edição de terça-feira, nº 43.
A Capela foi um dos primeiros espaços construídos por Mateus Vicente de Oliveira, primeiro arquiteto de Queluz. Compreende uma só nave, tendo diferenciados os espaços da capela-mor, de planta oitavada e o do coro. O acesso à capela e à tribuna superior era feito por uma escada a partir da Sala do Lanternim. Aqui, por detrás de uma treliça, a Família Real podia assistir aos ofícios religiosos sem ser vista.
A obra de talha dourada de inspiração rococó, executada sob a direção de Silvestre de Faria Lobo, encontrava-se concluída já em 1752. Recebe influências da Capela de S. João Batista da Igreja de São Roque, tornando-se também numa referência para os edifícios religiosos da região de Lisboa. O retábulo da capela-mor representando Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Queluz, da autoria de André Gonçalves, concluiu-se em 1752. O painel do altar lateral representando a prisão de São Pedro e São Paulo é também de sua autoria, tendo o que representa São Francisco de Paula sido pintado por Pedro Alexandrino de Carvalho. De 1752 data igualmente a pintura do teto com uma temática evocativa da Virgem.
No coro entalhado e dourado regeram David Peres, Scarlatti e João Cordeiro da Silva, ali tendo igualmente cantado, no período áureo do Palácio, muitos artistas italianos. Já em 1802, Marcos Portugal comporia dois salmos para a Real Capela de Queluz.