François Du Quesnoy, notabilizou-se com um número de «invenções» em que figuravam maioritariamente crianças de tenra idade. Mantendo-se fiel à corrente classicista, nas suas composições optava por um reduzido número de figuras e pela utilização de um plano único, manifestando um profundo conhecimento da Antiguidade. Este baixo-relevo, narra três fases de uma ação: a luta entre o amor divino e o amor profano (clímax), motivada pelo arco roubado (prólogo), presenciada por testemunhas e de que resulta um vencedor e um vencido, sendo o vencedor devidamente premiado (epílogo). A história inspirou-se no livro VI dos Immagini de Filostrato, embora Du Quesnoy lhe tenha acrescentado alguns pormenores da sua imaginação.
O baixo-relevo é o meio escultórico que melhor se presta à narrativa sendo, além de mais, adaptável à arquitetura, e por isso os antigos o usaram com tanta frequência nas suas construções.