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Paulo Monteiro começa a produzir histórias em quadrinhos a partir de 1977, e, em 1980, ingressa na Faculdade de Belas Artes de São Paulo e passa a frequentar o ateliê de Sérgio Fingermann (1953). Influenciado pela pintura do norte-americano Philip Guston (1913-1980), exposta na Bienal de São Paulo em 1981, Paulo inicia-se na pintura. Integra o Grupo Casa 7, com quem expõe na 18ª Bienal de São Paulo (1985). Participa do 21º Panorama da Arte Brasileira, no MAM-SP (1990), e de diversas mostras retrospectivas da geração 1980. Tem uma retrospectiva de sua obra apresentada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2008. Atualmente vive e trabalha em São Paulo.
Na época em que atua na Casa 7, Paulo Monteiro desenvolve uma pintura gestual realizada com grossas camadas de tinta. Após a participação na 18ª Bienal de São Paulo, sente certa saturação na pintura de sua geração, influenciada pela transvanguarda internacional, e passa a explorar outros gêneros, como o desenho e a escultura, além de priorizar a troca de ideias com artistas brasileiros, especialmente Mira Schendel (1919-1988) e José Resende (1945). Produz incialmente peças em ferro e borracha, e na década de 1990, realiza esculturas com chumbo. As peças de chão e de parede desse material tem um aspecto ao mesmo tempo maleável e maciço, de caráter informe, qualidades trazidas também para a sua produção de pintura, em que explora a abstração a partir de formas irregulares, empregando poucas cores e deixando aparente a superfície da tela.