A obra participou da 11ª edição da Sala 9, de junho a agosto de 1987.
Sergio Fingermann é um artista que se interessa por um processo permanente de reflexão sobre o seu trabalho. Para ele a imagem parece não bastar, é preciso refletir sobre ela e sobre todas as questões ao seu entorno, do interior da arte e dele mesmo. Sua formação como arquiteto revela-nos um tanto o seu modo de pensar e agir sobre o universo de suas pesquisas plásticas. Desde o início de sua trajetória artística o que povoa sua mente a partir de suas reflexões povoam também o seu trabalho. Se as paisagens e planos de cor organizaram seu trabalho visual nos anos 1970, ao longo do tempo nele foram inseridos fragmentos de objetos do cotidiano, elementos arquitetônicos, cidades e outros sonhos.
Pintor e gravador, autor de livros e professor, Sérgio Fingermann nessa obra de 1987 utiliza nuances de preto, brancos e beges construindo uma paisagem urbana abarrotada de edifícios onde não há entre eles espaços nem horizonte.
Segundo o artista, que vive e trabalha em São Paulo: “Um quadro, um desenho ou uma gravura podem ser transmissão de olhar: eles retêm o momento de uma experiência que se faz (ou se fez) visível.”