Esta pochade, realizada com grande espontaneidade, permite situar o gosto e as primeiras referências da primeira geração modernista, chegada a Paris nesta data. As preocupações aqui apresentadas são características da pintura tardo-impressionista que então estava completamente ultrapassada enquanto vanguarda moderna. É principalmente à memória do Monet da fase de Londres que esta pintura faz apelo. Uma subtileza de cor desenvolvida em grandes superfícies cria um envolvimento de tons cinza e prateados. A organização do espaço em superfícies horizontais proto-abstractas é ritmada pela arcaria da ponte, que se sobrepõe à cidade entrevista e adivinhada na espessa atmosfera. A identificação da cidade é apenas possível pela marca idiossincrática da ponte. (Pedro Lapa)
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