Procurei dialogar com a capa do disco, homônimo ao show, tanto nas cores quanto no tratamento da imagem. As cores voláteis entre o verde e o amarelo formam uma espécie de delírio, o estado de poesia. A disposição do título do show se deu pensando em como chamar atenção do público que passa na frente da fachada do Cineteatro.
Função primordial do equipamento, o Cinema no São Luiz se configura tanto em exibições avulsas quanto em mostras temáticas - claro, tudo dentro de uma proposta narrativa. Uma diretriz de trabalho é observar a programação ofertada pelo Cineteatro como formação de repertório para o público e seu entorno.
Sentar-se na plateia e contemplar um filme no São Luiz é também uma forma de viajar sem sair da poltrona vermelha, ampliar os horizontes, conhecer novos mundos ou simplesmente observar algo por um ângulo novo. Essa dimensão de trabalhar novas ou outras abordagens reflete também na concepção dos cartazes de exibições, propondo ao espectador a oportunidade de conhecer (ou re-conhecer) um autor, uma obra ou um universo através de uma aproximação visual alternativa.
Muito dessa postura foi derivada tanto da necessidade de se criar um apelo de novidade para frequentadores mais jovens, que não viveram a época do Cinema São Luiz, quanto um convite para um público iniciado ter oportunidade de usufruir novos usos e experiências do então Cineteatro.