No contexto da Segunda Grande Guerra Mundial e sem hipótese de recorrer à indústria europeia para aquisição de novas locomotivas, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, a Companhia dos Caminhos de Ferro do Estado e a Companhia da Beira Alta encomendam várias unidades à americana American Locomotive Company (ALCO).
Chegaram a Portugal a bordo de navios cargueiros nacionais durante o ano de 1945. A montagem foi feita nas Oficinas Gerais da Companhia em Santa-Apolónia e no Barreiro.
Estas locomotivas de linhas tipicamente americanas pareciam inspiradas nas “locomotivas de guerra” norte-americanas, onde não faltava o cow catcher (pára vacas), a porta da caixa de fumo rebitada e um pavilhão à americana. No seu conjunto, destoava a volumetria do tender de dimensões mais reduzidas. Esta redução de comprimento foi a solução encontrada para caberem nas placas giratórias existentes nas diversas estações em Portugal e respeitarem os limites de peso para cruzar o maior número de pontes possível.
Caraterizavam-se pela simplicidade de construção, tecnologia e funcionamento, robustez e fiabilidade. Pela sua versatilidade, era frequente vê-las tanto em comboios de mercadorias como de passageiros.
O serviço destas locomotivas desenvolveu-se sempre a sul do rio Douro, pois pelo seu peso não podiam atravessar a ponte de D. Maria. Passaram pelos depósitos de Santa Apolónia, Entroncamento e Barreiro. Também frequentaram a Linha do Leste até Torre das Vargens. Os seus serviços terminaram em 1968.